Deputada Daniela do Waguinho aciona STF e pede afastamento de Ednaldo Rodrigues da presidência da CBF

Aline Feitosa
A deputada federal Daniela Carneiro (União Brasil-RJ), conhecida como Daniela do Waguinho, ingressou com uma ação no Supremo Tribunal Federal (STF) pedindo o afastamento imediato do presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), Ednaldo Rodrigues. A parlamentar também solicita a revisão do acordo homologado pela Corte no início do ano, que encerrou o processo judicial que questionava a validade da eleição de Ednaldo em 2022.

A solicitação é fundamentada em um laudo técnico que aponta possível fraude na assinatura do Coronel Antônio Carlos Nunes, ex-presidente da CBF, no documento que viabilizou o acordo. O estudo foi encomendado pelo vereador carioca Marcos Dias Pereira (Podemos), que também apresentou uma notícia de fato ao Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) para que o caso seja investigado.

A CBF foi procurada, mas não se manifestou até o momento.

Segundo os parlamentares, há indícios de “vício de consentimento” na assinatura de Nunes, uma vez que o dirigente, atualmente com 86 anos, estaria com a saúde debilitada e apresentando déficit cognitivo. A condição foi atestada em 2023 pelo neurocirurgião Jorge Pagura, que possui vínculos com a CBF.

A perícia que embasa o pedido ao STF foi realizada pela Tirotti Perícias Judiciais e Avaliações. No laudo, assinado pela perita Jacqueline Tirotti, conclui-se que não é possível identificar com segurança que a assinatura atribuída a Nunes foi de fato feita por ele.

Entretanto, o próprio documento técnico ressalva a limitação da análise, já que os documentos utilizados eram cópias digitalizadas, o que compromete a fidelidade da avaliação.

Além disso, a ausência de grampeamento entre as páginas e de rubricas no material analisado foi citada como fator de fragilidade do documento contestado.

A Tirotti Perícias, que também tem entre seus peritos o fundador Reginaldo Tirotti, já esteve envolvida em outros casos controversos. A empresa validou assinaturas atribuídas à apresentadora Ana Hickmann em contratos com o Banco Daycoval, que ela nega ter assinado, e autenticou um vídeo usado em uma acusação contra o Padre Júlio Lancellotti, posteriormente questionada por outras análises.

O religioso sempre negou veementemente qualquer envolvimento no caso.

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